Gazeta do Povo
De um lado, a economia brasileira deve encolher mais de 6% em apenas dois anos. De outro, a inflação resiste e, segundo expectativas do mercado, deve ficar acima de 6,5% (o teto da meta perseguida pelo Banco Central) em 2016 e acima de 4,5% (o centro da meta) em 2017.Num cenário assim, o que fazer com a taxa básica de juros? É melhor empurrá-la para cima na tentativa de “reancorar” as expectativas e trazer a inflação de volta à meta ainda em 2016, deprimindo ainda mais a economia?
Ou deixar o objetivo para 2017, dando tempo para a própria recessão conter os reajustes, mas prolongando o convívio com a forte alta dos preços?O dilema será enfrentado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central em sua próxima reunião, nos dias 19 e 20 de janeiro. Até meados de dezembro, os bancos e consultorias ouvidos semanalmente pelo BC apostavam que a taxa Selic seria mantida em 14,25% ao ano. Agora, creem numa alta de 0,5 ponto porcentual.
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