Muitas dúvidas têm surgido sobre as vacinas contra a Covid-19. Uma delas é se causa trombose. O médico Rogério Nabeshima, especialista em cirurgia vascular, de Apucarana, explica que, recentemente, pesquisadores da Universidade de Oxford identificaram que o risco de ocorrer trombose venosa cerebral (CVT) em pessoas com Covid-19 é maior do que em pessoas que receberam vacinas baseadas na tecnologia de RNA mensageiro (mRNA).Essa tecnologia é encontrada nos imunizantes como da Pfizer, Moderna e Oxford/AstraZeneca, produzida no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Ainda segundo o estudo, embora a magnitude do risco não possa ser quantificada com exatidão, o risco após a Covid-19 é aproximadamente de 8 a 10 vezes o relatado para as vacinas, e cerca de 100 vezes maior em comparação com a taxa da população. “Ainda é um cenário novo, mas os pesquisadores têm estudado e apontado caminhos, por isso, é importante garantir a imunização. Até o momento estudos sérios têm apresentado resultados seguros”, comenta Rogério Nabeshima. A pesquisa da Universidade de Oxford apontou ainda que os dados de trombose da veia porta (PVT) não se limitam à vasculatura cerebral, mas também a outros eventos trombóticos.A análise dos dados da TriNetX Analytics – que abrange 59 organizações de saúde, basicamente nos EUA — mostra que a incidência de CVT em pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2 é de 39 para cada milhão de pessoas, bem acima dos observados naqueles que receberam as vacinas da Pfizer e da Moderna (4,1 por milhão). No Brasil, um artigo publicado na revista científica Memórias do Instituto Oswaldo Cruz chama a atenção para a relação entre o aumento da formação de coágulos (também chamados de trombos), que podem obstruir a circulação, e o Sars-CoV-2. Seus autores, um grupo de dez pesquisadores, propõem que sua classificação seja mudada e que a Covid-19 seja a primeira infecção considerada uma febre viral trombótica. Atualmente, o agravo é classificado como Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).O Laboratório de Investigação Pulmonar da UFRJ divulgou um comparativo entre os riscos de trombose. Confira!
- Vacina Johnson e Johnson: 0,0001%
- Vacina Astrazeneca: 0,0004%
- Pílula Anticoncepcional: 0,05%
- Tabagismo: 0,18%
- COVID-19: 16,5%
Com informações do Portal Fiocruz e UFRJ
0 Comentários